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4 de junho de 2018

DEUSA MAAT





Maat é a Senhora do Céu, Rainha da Terra e amante do Mundo Inferior. O grande inimigo de Maat era Seth, a versão egípcia do Ares grego, Deus da desordem crassa, da injustiça e da ambição.

No Egito se comemora Maat, a deusa da justiça, da verdade, guardiã da balança que analisava a pureza dos corações dos mortos, comparando-os à pena de avestruz
de sua tiara.

A atividade crucial de Maat ocorria no Palácio das Duas Verdades (Maati), onde os mortos iam para o julgamento final. Primeiro, o falecido deveria proferir uma "confissão negativa" declarando que não cometera pecados ou más ações. Verificava-se então se estava sendo honesto a cada um dos 42 itens confessados. 

Depois seu coração era colocado em um prato de balança, enquanto no outro estava uma pena de avestruz simbolizando Maat (a verdade). Por vezes era, ela mesma, a balança. Não se sabe com clareza de que forma o coração era pesado para que a alma do morto fosse considerada justa. Sabe-se somente, que se o coração tivesse o peso certo em contraste com o peso de Maat, a pessoa estava justificada. 

O coração, portanto, é considerado a "voz" e somente ele dirá para onde deverá ser destinado. Caso não o tenha, a pessoa é lançada a um monstro híbrido temível composto de partes de crocodilo, leão e hipopótamo chamado Ammut, comedor de mortos.

Para os egípcios, o coração não era tão somente um órgão vital do corpo, mas era também a consciência. Ele representava a voz de Maat no ser humano, a voz oracular da ordem cósmica que rasga o véu e penetra no mundo humano. Entretanto, por essa razão, as palavras do coração tornaram-se um problema para os egípcios, pois ele testemunhava no Palácio das Duas Verdades contra a pessoa. 

Essa crença era tão forte, que existia até uma prece especial, dirigida ao coração, que era inscrita em um amuleto em forma de escaravelho e depositada no local do coração durante o ritual de embalsamento. Tal prece suplicava que o coração não se levantasse "como testemunha contra mim".

Para os antigos egípcios, o porta-voz oracular da lei da natureza, localizado no próprio corpo do indivíduo, estava muito mais próximo da consciência ordinária do que consideravam os gregos, para quem Gaia e Themis haviam sido forçadas a retira-se do Delfos e a permanecer nos mundos inferiores, enviando de lá mensagens através dos sonhos. Muito embora Maat falava em nome da ordem cósmica, ela também é "o olho de Rã" e os filhos de Rã sentavam-se nos tronos dos faraós. 

Deste modo, a lei e a justiça estavam unidas, e os árbitros da ordem natural e da ordem social eram um só, unidos em Maat e no faraó. Por intermédio do oráculo da Deusa, o coração, as leis e os costumes da vida social eram confirmados por uma intuição mais profunda de justiça e integrados nesse nível.

Como se vê, os deuses egípcios não eram pessoas imortais para serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para serem honradas e praticadas.

Esta Deusa egípcia da justiça, equilíbrio e  harmonia do Universo primordial, ela sempre nos lembra que "o que fizermos aos outros, a nós será feito" , a lei de ação e reação, também nos ensina  que o caminho da totalidade só será conseguido se aceitarmos  a natureza amorosa da justiça, que busca corrigir todos  nossos  erros ao dar as lições necessárias, Maat  diz com sua sabedoria "Faze justiça enquanto durares sobre a Terra"

Oração a Deusa Maat: 


Salve Maat.

Salve Maat, grande Deusa da Justiça, da Verdade e do Equilíbrio, a ti agradecemos a vida e o privilégio de podermos sentir e viver com equilíbrio .
Agradeço por colocar em meu caminhos pessoas justas, honestas e verdadeiras, lembrando-me que nesta vida eu seja justa antes de receber a justiça.

Peço para que toque na consciência humana e que relembre de manter a humanidade, os animais, a natureza e os quatro elementos em equilíbrio e harmonia, trazendo felicidade e vida a todos os seres vivos.

Agradeço o seu amor e que eu permaneça sempre  no caminho da  luz verdadeira e consciência.

Salve Maat



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